terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sincronicidade, telepatia ou coincidência?

Preciso registrar essa história para nunca esquecê-la, de tão estranha.

Hoje à noite sonhei que telefonei para minha amiga Vivi às duas da manhã. Ela não atendeu à minha ligação, mas telefonou de volta quando viu a chamada no seu celular. Quando atendi, eu não me lembrava do por quê havia telefonado para ela.

Esqueci o sonho bobo e sem sentido, até que recebi um e-mail dela à tarde.

Ela contou que, às duas da manhã, acordou de um sonho que era praticamente o roteiro de um livro. A princípio tentou memorizar a história ainda da cama, mas "algo" dizia que ela deveria se levantar e escrever. E foi o que ela fez.

O que me leva a crer que EU TELEFONEI PARA ACORDÁ-LA E FAZÊ-LA ESCREVER!!!!

Isso é muito estranho, mas faz o maior sentido. Tudo se encaixa. Além de termos uma incrível afinidade, vivemos incentivando uma à outra a escrever. Quem sabe não é o começo de algo?

Bem, se não for, pelo menos é uma ótima história!

A transitoriedade da vida

Estava indo ao cinema com meu marido, sábado à tarde, quando ficamos presos num engarrafamento. Não muito longo, mas o suficiente para percebermos que havia acontecido alguma coisa - um acidente, talvez. Com a curiosidade meio mórbida, passamos pelo aglomerado de ambulâncias e carros de polícia, esticando o pescoço para ver o que houve na pista oposta.

E lá estava ele, um rapaz de trinta e poucos anos, caído no chão, rodeado de sangue. Parado um pouco adiante, um caminhão com a frente amassada.

Fiquei arrasada com aquela cena. Pensei no jovem morto, na vida que ele levava e que não levaria mais. Perguntei-me se ele tinha esposa ou filhos. Talvez sua mulher estivesse grávida. Talvez fosse se casar em breve. Pensei na mãe dele. Em como ela seria avisada. No desastre que seria sua vida a partir de então. Na saudade. Na dor de nunca mais abraçar o filho. Pensei também no sentimento de culpa do motorista. Será que ele conseguiria dormir à noite? A imagem do rapaz morto lhe sairia da cabeça algum dia?

Fiz uma curta oração - não sou uma pessoa muito religiosa -, pedindo a Deus que levasse a alma do moço para algum lugar melhor. Passamos pelo acidente e o trânsito começou a fluir.

Então me virei para meu marido e perguntei:

- Será que vamos chegar a tempo de ver o filme?

Alguns minutos depois chegamos no cinema, compramos pipoca e demos boas gargalhadas.