sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O que importa

Sou uma pessoa que se entusiasma com datas especiais. Adoro meu aniversário, Natal, Ano Novo, aniversário de casamento. Sempre me dão uma sensação de recomeço, de uma nova chance de mudar o que está errado, de reconhecer o que vai bem.

Detesto soar piegas e óbvia, mas há algum tempo - precisamente desde o nascimento da minha filha - comecei a repensar a importância dessas datas. Por que o dia das mães, no segundo domingo de maio, é mais importante do que qualquer outro domingo? Por que trocar presentes e fazer surpresas só no dia do aniversário? Por que juntar a família apenas no Natal?

Minha filha tem me mostrado (da pior maneira possível: ficando doente em TODAS as datas especiais) que, na verdade, o único dia que importa é hoje. Temos que dar valor a cada novo dia porque ele é o único que existe.

Estou sendo óbvia e piegas, mas não podia deixar de registrar esse sentimento. Hoje eu começaria as comemorações do meu aniversário, mas Marina está com uma febre estranha, e todas as minhas energia se esvaíram. Nada agora faz muito sentido, nada tem graça, nada tem cor. E todos os meu planos dourados de aniversário me parecem patéticos e grotescamente ridículos.

Eu espero que tudo isso passe. Que eu descubra o que ela tem e possa comemorar meu aniversário com meus planos patéticos e ridículos. Que minha alegria retorne e que eu não tenha mais que pensar que aniversários são inúteis.